sábado, 14 de dezembro de 2013

Qual a origem da comemoração do Ano Novo ?



Estudos realizados em antigas inscrições, indicam que as comemorações de ano-novo datam de 3000 AC, na Babilônia. Celebrada em meados de março, essa festividade era decisiva. Segundo o The World Book Encyclopedia: "Nessa ocasião, o deus Marduque resolvia qual seria o destino do país no ano seguinte". A comemoração do ano-novo dos babilônios durava 11 dias e incluía sacrifícios, procissões e ritos de fertilidade.

Por um tempo, o ano-novo dos romanos também começava em março, mas, em 46 AC, o imperador Júlio César assinou um decreto estabelecendo o início dele em 1.º de janeiro. Esse dia já era dedicado a Jano, o deus das origens, e a partir daí também marcaria o início do ano romano. A data havia mudado, mas o clima de festa continuava. A Cyclopedia de McClintock e Strong relata que, em 1.º de janeiro, as pessoas "entregavam-se a intemperança e a várias formas de superstições pagãs".

Ritos supersticiosos têm seu lugar nas comemorações de ano-novo até nos dias de hoje. Por exemplo, em algumas regiões da América do Sul, as pessoas saúdam o ano-novo apoiadas apenas no pé direito. Outros tocam buzinas e soltam rojões. Segundo um costume tcheco, come-se sopa de lentilhas no ano-novo, ao passo que a tradição eslovaca dita que se deve colocar dinheiro ou escamas de peixe debaixo da toalha de mesa. Esses rituais, cujo objetivo é espantar a má sorte e garantir a prosperidade, simplesmente perpetuam a antiga crença de que a virada do ano é uma ocasião para decidir destinos.

Por que soltamos Fogos de Artifício?

Conforme o missionário jesuíta Ricci observou, os fogos de artifício eram parte integrante das comemorações religiosas dos chineses. Os fogos de artifício foram "inventados pelos chineses para afugentar demônios no Ano-Novo e em outras ocasiões comemorativas", explica a revista Popular Mechanics. "Desde os mais antigos tempos pagãos, as pessoas têm carregado tochas e feito fogueiras ao ar livre por ocasião das grandes comemorações religiosas. Nada era mais natural do que acrescentar às festividades luzes de fogos de artifício espetacularmente coloridas e que se movimentavam", declara Howard V. Harper, em seu livro Days and Customs of All Faiths (Feriados e Costumes de Todas as Crenças).

Pouco depois da adoção de fogos de artifício pelos cristãos nominais, foi designada uma santa padroeira para os fabricantes de fogos de artifício. "O pai [de Santa Bárbara], segundo se diz, prendeu-a numa torre e depois a matou porque ela era cristã. Ele foi atingido fatalmente por um raio e, por uma analogia mais extensiva, Santa Bárbara tornou-se a padroeira dos fabricantes e dos usuários de armas de fogo e de fogos de artifício", declara The Columbia Encyclopedia.

Tradições de Ano Novo no mundo:

Itália: O ano novo é a mais pagã das festas, sendo recebido com Fogos de artifícios, que deixam todas as pessoas acordadas. Dizem que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano e na noite de São Silvestre, santo cuja festa coincide com o último dia do ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais. O pé de porco e as lentilhas. Os italianos se reúnem na Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trinitá dei Monit e Piazza del Popolo.

Estados Unidos: A mais famosa passagem de Ano Novo nos EUA é em Nova Iorque, na Time Square, onde o povo se encontra para beber, dançar, correr e gritar. Há pessoas de todas as idades e níveis sociais. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo no meio da praça e explode exactamente à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.

Austrália: Em Sydney, uma das mais importantes cidades australianas, três horas antes da meia-noite, há uma queima de fogos na frente da Opera House e da Golden Bridge, o principal cartão postal da cidade. Para assistir ao espectáculo, os australianos se juntam no porto. Depois, recolhem-se a suas casas para passar a virada do ano com a família e só retornam às ruas na madrugada, quando os principais destinos são os “pubs” e as praias.

França: O principal ponto é a avenida Champs-Elysées, em Paris, próximo ao Arco do Triunfo. Os franceses assistem à queima de fogos, cada um com sua garrafa de champanhe (para as crianças sumos e refrigerantes). Outros vão ver a saída do Paris-Dacar, no Trocadéro, que é marcada para a meia-noite. Outros costumam ir às festas em hotéis.

Brasil: No Rio de Janeiro, precisamente na praia de Copacabana, onde a passagem do Ano Novo reúne milhares de pessoas para verem os fogos de artifício. As tradições consistem em usar branco e jogar flores para “Yemanjá”, rainha do mar para os brasileiros.

Inglaterra: Grande parte dos londrinos passa a meia-noite em suas casas, com a família e amigos. Outros vão à Trafalgar Square, umas das praças mais belas da cidade, à frente do National Gallery. Lá, assistem à queima de fogos. Depois, há festas em várias sítios da cidade.

Alemanha: As pessoas reúnem-se no Portal de Brandemburgo, no centro, perto de onde ficava o Muro de Berlim. Tradicionalmente, não há fogos de artificio.

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