Para muitas pessoas, a natureza é uma mãe acolhedora, que vive em uma sagrada harmonia. Mas, na real, ela também pode ser representada por um caos no qual todos querem matar todos, às vezes de forma tão cruel que nem nós, humanos, imaginaríamos. Veja aqui os piores exemplos desse lindo mundo no qual vivemos !
10. Pulga-do-mar (Cymotha exigua)
Esse parasita ataca os peixes da espécie Lutjanus gutattus, muito comum na costa dos EUA, entrando nas guelras do animal sem que ele perceba. Depois, o invasor vai até a boca do animal, onde se prende firmemente com suas garras em formato de gancho e corta os vasos sanguíneos para a língua, que fica sem circulação e atrofia. A partir daí, a pulga-do-mar toma lugar desse órgão, passando a controlar a alimentação do peixe.
09. Cordyceps (Cordyceps unilateralis)
09. Cordyceps (Cordyceps unilateralis)
Esse é um fungo que vive (advinha?) no Brasil. Ele ataca suas vítimas pelas vias respiratórias e come as partes não vitais enquanto cresce e estende seus filamentos por dentro até chegar à cabeça. E é lá que o parasita faz crescer um horrendo chifre alienígena – na verdade, um cogumelo que lança esporos infecciosos pelo ar para contaminar novas vítimas. Boa notícia: só ataca formigas.
08. Toxoplasma (Toxoplasma gondii)
08. Toxoplasma (Toxoplasma gondii)
Esse protozoário minúsculo tem a capacidade poderosíssima de transformar mamíferos em zumbis – e isso inclui o ser humano. Quando um rato entra em contato com as fezes de gato, é infectado pelo Toxoplasma e tem seu comportamento modificado, passando a se sentir atraído pelo cheiro de gatos. Isso porque o parasita está manipulando o cérebro da vítima para que ela seja morta e comida pelo gato e aí então, o invasor poderá infectar novamente o bichano. Já nos seres humanos, a doença tem sintomas leves, típicos da gripe. Por isso, muitas pessoas não sabem que foram infectadas – 67% dos brasileiros são portadores do Toxoplasma. Mas ele também mexe com nosso cérebro: vários estudos indicam que os infectados apresentam mudanças de personalidade. Os homens tendem a quebrar mais regras, assumir mais riscos e ter a capacidade intelectual menor. Já as mulheres, se tornam mais inteligentes e sociáveis. E ambos ficam mais promíscuos e se envolvem em 2,5 vezes mais acidentes de trânsito.
07. Vespa louca (Família Braconidae)
07. Vespa louca (Família Braconidae)
Essa vespa existe no mundo todo e injeta veneno suficiente para paralisar (mas não matar) uma lagarta. Daí, as larvas da vespa nascem e se alimentam da lagarta viva. Mas o requinte de crueldade está na injeção de uma espécie de vírus que modifica o DNA da lagarta, tornando seu sistema imunológico incapaz de destruir as larvas.
06. Wolbachia (Gênero wolbachia)
06. Wolbachia (Gênero wolbachia)
As bactérias desse gênero atacam 60% das espécies existentes na Terra – e odeiam machos. Tanto é que os matam quando ainda são embriões. E se ele chegar a nascer, é transformado em fêmea ao longo da vida. Além disso, a Wolbachia também ajuda as fêmeas a se reproduzirem de forma assexuada, já que ela só se propaga por meio de óvulos.
05. Naegleria (Naegleria fowleri)
05. Naegleria (Naegleria fowleri)
Essa ameba (assim como as outras) modifica o corpo para engolfar e comer outros protozoários e o que mais estiver dando sopa. Mas se você nadar numa piscina ou lago contaminado por essa espécie, ela pode entrar em seu nariz e se alimentar do seu cérebro. Não há tratamento e a probabilidade de morte é de 99%.
04. Trichomonas (Trichomonas gallinae)
04. Trichomonas (Trichomonas gallinae)
Esse protozoário afeta aves, causando feridas na boca (que se assemelham a aftas) e transmissão de pais para filhos (devido a alimentação boca-a-boca que elas realizam). E essa praga aviária já fez vítimas maiores: o fóssil mais preservado de tiranossauro, que viveu entre 65,5 e 67 milhões de anos atrás, tem buracos na mandíbula que sempre intrigaram os cientistas. Estudando esse e mais 60 fósseis com os mesmos problemas, um grupo de pesquisadores concluiu que o tormento dos tiranossauros era o próprioT. gallinae, que causava lesões ainda piores nos dinos.
03. Cochliomya (Cochliomya hominivorax)
03. Cochliomya (Cochliomya hominivorax)
Essa mosca, que vive nos trópicos da América (do México ao Brasil), se alimenta da carne de animais vivos – inclusive nós. Ela deposita seus ovos em feridas ou partes moles do corpo, como olhos, nariz ou ânus. Em 12 horas, as larvas começam a degustar a vítima viva, resultando em uma ferida horrenda cheia de larvas. O tratamento da doença, que é uma versão mais ferrenha da berne, consiste em arrancar as larvas. O problema é que elas começam a cavar mais fundo quando você tenta pega-las. Bem, se depois de uma semana você tiver a sorte de elas não terem comido nada vital, as larvas caem ao chão para se tornarem casulos e virar novas moscas.
02. Peixe-pedra (Synanceia verrucosa)
02. Peixe-pedra (Synanceia verrucosa)
Morador dos corais dos oceanos Pacífico e Índico, ele tem esse nome por causa de sua camuflagem, que o faz parecer uma pedra. E se você pisar em um, levará uma injeção de veneno terrível – que provoca o que alguns cientistas classificaram como a pior dor que pode ser sentida pelo ser humano. O pior é que ela dura por meses e mesmo o mais potente analgésico (morfina) não consegue pará-la. Outro detalhe: apesar de não morrer, a vítima do ataque pode sofrer atrofia muscular, deixando uma perna menor que a outra.
01. Candiru (Vandellia cirrhosa)
01. Candiru (Vandellia cirrhosa)
Esse peixinho fino vive nos rios da bacia amazônica. Como parasita, ele nada para dentro das guelras de outros peixes e fica lá, sugando seu sangue. O problema é que ele é meio burrinho e pode confundir certas partes do corpo humano, como o canal da uretra masculino, com as guelras do peixe. Então, se um homem nadar nu ou fizer xixi no rio (sim, o peixinho sobe nadando pela urina), o candiru pode entrar em seu pênis. É uma péssima ideia para o peixe: não há espaço para ele se soltar e também não há água ou oxigênio, de forma que ele não sobrevive. E você, depois de lidar com um mini-bagre de pontas afiadas se debatendo em suas partes íntimas por horas, termina com um bicho morto entalado dentro de você. Só há como tirar o candiru com cirurgia. E se você não fizer isso bem rápido, corre o risco de infecção e perda do pênis.
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