domingo, 20 de abril de 2014

Dica de Leitura " A Magia "



A passagem seguinte vem do Evangelho de Mateus, nas Sagradas Escrituras, e ela foi mistificada, confundida e tem sido mal interpretada por muitas pessoas durante os séculos.

“Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.”

[Mateus 13:12]

Você tem que admitir que, quando você lê a passagem, ela parece injusta, uma vez que parece estar dizendo que o rico ficará mais rico e o pobre ficará mais pobre. Mas, há um enigma a ser resolvido nessa passagem, um mistério a ser descoberto, e quando você souber disso um novo mundo será aberto para você.

A resposta ao mistério que tem iludido a tantos por séculos está escondida numa palavra: gratidão.

“Àquele que tem gratidão, mais lhe será dado, e ele terá em abundância. 
Aquele não tem gratidão, até aquilo que ele tem será tirado dele.”

Pela revelação de uma palavra oculta, um texto enigmático é tornado claro como cristal. Dois mil anos se passaram desde que essas palavras foram registradas, mas elas são tão reais atualmente quanto sempre foram: se você não separar o tempo para ser grato, você nunca terá mais, e, o que você tem, será perdido. E a promessa da magia de que acontecerá com a gratidão está nessas palavras: se você for grato, você receberá mais, e se você terá em abundancia!

No Alcorão, a promessa da gratidão  é igualmente enfática:

“E (lembre-se) quando Deus proclamou: “Se você for grato, eu lhe darei mais; mas, se você for ingrato, na verdade meu castigo será realmente severo.”

Não importa a que religião você segue, ou se você é religioso ou não, essas palavras das Sagradas Escrituras e do Alcorão se aplicam a você e à sua vida. Elas descrevem uma lei fundamental da ciência e do Universo.

É a Lei Universal

A gratidão opera através da lei Universal que governa toda a sua vida. De acordo com a lei da tração, que governa toda a energia em nosso Universo, da formação de um átomo ao movimento dos planetas, “semelhante atrai semelhante”.

É por causa da lei da atração que as células de cada criatura viva são mantidas juntas, bem como a substância de cada objeto material. Em sua vida , a lei opera em seus pensamentos e sentimentos porque eles são energia também e, assim, o que quer que você pense, seja lá o que você sentir, você atrai para si.

Se você pensa “eu não gosto de meu trabalho”, “eu não tenho dinheiro suficiente”, “eu não conciso encontrar meu parceiro perfeito”, “eu não consigo pagar minhas contas”, “eu não estou me saindo bem em alguma coisa”, “ele (a) não gosta de mim”, “eu não me dou bem com meus pais”, “meu filho é um problema”, “minha vida está uma bagunça” , ou “meu casamento está em apuros”, então você deve atrair mais dessas experiências.

Mas se você pensa sobre as coisas pelas quais ser grato, como “eu amo meu trabalho”, “minha família me apoia bastante”, “eu tive as melhores férias”, “eu me sinto incrível hoje”, “eu tive a melhor devolução de imposto de renda de todas”, ou “eu tive um ótimo final de semana acampando com meu filho”, e você sinceramente sentir a gratidão, a lei da atração diz que você deve atrair mais dessas coisas para sua vida.

Funciona do mesmo modo como um metal sendo atraído para um ímã; sua gratidão é magnética e quanto mais gratidão você tiver, mais abundância você magnetizará. É a lei Universal!

Você já ouviu coisas como “o que vai, volta”, “você colhe o que planta” e “você recebe o que dá”. Bom, todos esses dizeres estão descrevendo a mesma lei, e estão descrevendo também um princípio do Universo que o grande cientistas Sir Isaac Newton descobriu. As descobertas científicas de Newton incluíram as leis fundamentais do movimento no Universo, uma das quais diz: Para cada ação existe uma reação igual e oposta

Quando você aplica a ideia da gratidão à lei de Newton, ela diz: toda ação do agradecer sempre causa uma reação oposto à reação do receber. E o que você receberá sempre será igual à quantidade de gratidão que você deu.

Isso significa que toda ação de gratidão estabelece uma reação de receber!
E quanto mais sincera e mais profunda gratidão você sentir (em outras palavras, quanto mais gratidão você der), mais você receberá.


O Fio de Ouro da Gratidão

Remontando há milhares e milhares de anos até os primeiros registros da humanidade, o poder da gratidão foi pregado e praticado, e dali foi passado através dos séculos, varrendo todos os continentes, permeando uma civilização e cultura após outra.

As principais religiões, o Cristianismo, o Islamismo, o Judaísmo, o Budismo, o Sikhismo e o Hinduísmo, todos têm a gratidão em seu núcleo.  
Maomé disse que a gratidão pela abundância que você recebeu é a melhora garantia de que a abundância continuará.

Buda disse que você não tem nenhum motivo de nada, exceto para agradecer e se alegrar. 
Lao Tzu falou que se você se alegrar com as coisas como elas são, todo o mundo lhe pertencerá. 
Krishna disse que, o que quer que ele recebesse, ele aceitava com alegria. 
O Rei Davi mencionou o dar graças a todo o mundo por tudo entre os céus e a Terra. 
E Jesus entoou graças antes de executar cada milagre.

Dos aborígenes australianos até o os Maasai e Zulus africanos; dos Navajos, Shawnees e Cherokees norte-americanos até os Taitianos, Esquimós e Maoris, a prática da gratidão está na raiz da maioria das tradições indígenas.



“Quando você se levanta a cada manhã, agradeça pela luz da manhã, por sua ida e por sua força. 
Dê graças por sua comida e pela alegria de viver. 
Se você não vê razão para agradecer, a falha está em você.”

Tecumseh (1768-1813)
Líder nativo Shawenee norte-americano

A história está cheia de personagens famosos que praticaram a gratidão e cujas realizações as colocaram entre os melhores seres humanos que já viveram: Gandhi, Madre Teresa, Martin Luther King Jr., o Dalai Lama,
Leonardo Da Vinci, Platão, Shakespeare, Esopo,
Blake, Emerson, Dickens, Proust, Descartes,
Lincoln, Jung, Newton, Einstein, e muitos, muitos mais.

As descobertas científicas de Albert Einstein mudaram o modo como vemos o Universo e quando lhe indagavam sobre suas realizações monumentais, ele respondeu apenas agradecendo aos outros. 
Uma das mentes mais brilhantes de todos os tempos agradecia a mais de centenas de pessoas pelo trabalho que elas tinham feito!
É de admirar que tantos mistérios da vida foram revelados a Albert Einstein?
É de admirar que Albert Einstein tenha algumas das maiores descobertas científicas da história?  
Ele praticava a gratidão a cada dia de sua vida e, em retorno, ele recebia muitas formas de abundância.

Quando perguntavam a Isaac Newton como ele havia realizado as descobertas científicas que realizou, ele dizia que se punha nos ombros de gigantes. 
Isaac Newton, recentemente eleito como o maior contribuinte da ciência e da humanidade, também era grato aos homens e mulheres que viveram antes dele.

Os cientistas, filósofos, inventores, descobridores e profetas que praticavam a gratidão colheram seus resultados, e a maioria estava ciente de seu poder inerente. Contudo, o poder da gratidão ainda é desconhecido da maioria das pessoas nos dias de hoje, pois para experienciar a magia da gratidão em sua vida você tem que praticá-la!
Não deixe de ler !!!

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Um pouco sobre Rhonda Byrne



Escritora e produtora de televisão australiana, Rhonda Byrne, nascida em 1955, tornou-se famosa em todo o mundo com o seu livro de autoajuda The Secret (O Segredo), que foi uma das obras mais vendidas em Portugal em 2007.
Rhonda Byrne, enquanto produtora de televisão na Austrália, foi responsável pelas séries World’s Greatest Commercials e Marry Me.

A produtora de televisão sofreu em 2004 uma depressão, depois de ter vivido uma série de acontecimentos que a abalaram profundamente, nomeadamente a morte do seu pai. Em simultâneo, a produção de uma série televisiva sobre crimes, Sensing Murder, originou diversos problemas, acabando por desencadear graves incompatibilidades entre a produtora e colegas de trabalho. Pouco tempo depois, a produtora soube que estava na bancarrota. 
A sua filha, Hailey, ao ver o seu estado depressivo, recomendou-lhe a leitura de uma obra de 1910, da autoria de Wallace Wattles, intitulada The Science of Getting Rich. O autor defendia que os pensamentos eram como ímanes, os maus atraíam más situações e os bons originavam prosperidade. A isto chamava lei da atração.

Foi a partir daí e da sua recuperação pessoal que Rhonda Byrne começou a congeminar a conceção de uma obra sobre o pensamento positivo e decidiu produzir um documentário, que viria a ter grande divulgação através da Internet.
O Segredo, baseado na chamada lei da atração, pretende indicar o caminho para o sucesso pessoal, dependendo isso apenas do empenho de cada um. Segundo a autora, através da lei da atração é possível alcançar o sucesso a nível de dinheiro, relações interpessoais, saúde, entre outros. 

Rhonda Byrne faz parte do Movimento do Novo Pensamento e da Nova Era, sendo este último movimento um dos que tem por princípio a lei da atração.
O Segredo deu origem a um livro com o mesmo nome e tema, que foi também um grande sucesso. 
O documentário e o seu conteúdo, repetidas vezes citados no programa televisivo da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, foram alvo de debates, conferências e estudos envolvendo especialistas em diversas matérias.
Em 2007, Rhonda Byrne foi considerada pela revista norte-americana Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo.



Seu Primeiro Livro " O Segredo "





Seu segundo livro " O Poder "





Seu Terceiro Livro " A Magia "




Seu mais recente trabalho , ainda não publicado no Brasil .









O que é um Best Seller ?



Best seller significa mais vendido, em inglês. É um livro considerado extremamente popular entre os leitores, além de ser incluído na lista dos mais vendidos no mercado editorial. Best sellers são normalmente considerados como literatura de massa, ou seja, para um público chamado pelos críticos de semicultos.

Inicialmente, os best-sellers eram utilizados para rotular as obras de literatura mais vendidas nos EUA, e atualmente a expressão é utilizada em todo o mundo, desde romances e histórias de suspense até mesmo livros técnicos, manuais etc. O best-seller é definido apenas pelo seu volume de vendas, e por sua fama adquirida, além de suas adaptações e traduções para outros idiomas, o número de edições e revisões, sua ampla exposição nos meios de comunicação de massa etc.

Independente da qualidade literária da obra, os consumidores normalmente percebem esse tipo de obra como sendo de boa qualidade deduzindo que se o livro vende muito e provavelmente deve ser bom, mas muitos críticos dizem o contrário.

Não existe nenhuma fórmula mágica para escrever um best-seller, mas geralmente grande parte são inspirados em filmes, documentários e até mesmo em outros livros .

Os 10 Livros mais vendidos da história

Para se chegar ao resultado consultei reportagens, entidades editoriais, empresas de pesquisas de mercado e publicações especializadas em livros. O objetivo era identificar, baseado nessas informações, quais são os 10 livros literários mais vendidos no mundo em todos os tempos. Participaram do levantamento as publicações: “Global Times”, “Telegraph”, “New York Times”, “HowStuffWorks”, “Financial Times”; as entidades editoriais International Publishers Association (IPA), International Booksellers Federation (IBF) e International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA); e as empresas de auditagem e pesquisas de mercado Nielsen e a GfK.
Embora não exista concordância sobre os números exatos do mercado de livros ao longo dos séculos, os levantamentos das publicações, instituições e empresas mencionadas, parecem ser o que mais se aproximam do consenso editorial.

1 — Dom Quixote
(Miguel de Cervantes)

Publicado em Madrid em 1605, “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, é composto de 126 capítulos, divididos em duas partes. O livro narra a história de Dom Quixote de La Mancha, um cavaleiro errante que perdeu a razão e, junto com seu fiel escudeiro Sancho Pança, vive lutas imaginárias. Estima-se que tenha vendido entre 500 e 600 milhões de cópias.

2 — O Conde de Monte Cristo
(Alexandre Dumas)

Publicado em 1844, “O Conde de Monte Cristo é, juntamente com “Os Três Mosqueteiros”, a obra mais conhecida de Alexandre Dumas e uma das mais celebradas da literatura universal. O livro narra a história de um marinheiro que foi preso injustamente. Quando escapa da prisão, e toma posse de uma misteriosa fortuna e arma uma plano para vingar-se daqueles que o prenderam. Estima-se que tenha vendido entre 200 e 250 milhões de cópias.

3 — Um Conto de Duas Cidades
(Charles Dickens)

Publicado em 1859, “Um Conto de Duas Cidades”, de Charles Dickens, é um romance histórico que trata de temas como culpa, vergonha e retribuição. O livro cobre o período entre 1775 e 1793, da independência americana até a Revolução Francesa. Dickens evita o posicionamento político, centrando a narrativa nas observações de cunho social. Estima-se que tenha vendido entre 180 e 250 milhões de cópias.

4 — O Pequeno Príncipe
(Antoine de Saint-Exupéry)

Publicado em 1943, “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, é uma das obras mais traduzidas da história. Por meio de uma narrativa poética, o livro busca apresentar uma visão diferente de mundo, levando o leitor a mergulhar no próprio inconsciente. Estima-se que tenha vendido entre 150 e 180 milhões de cópias.

5 — O Senhor dos Anéis
(J.R.R. Tolkien)

Publicado em três volumes entre 1954 e 1955, “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien, é um romance de fantasia que ocorre em um tempo e espaço imaginários. A história narra o conflito entre raças para evitar que um anel poderoso volte às mãos de seu criador, o senhor do escuro. Estima-se que tenha vendido entre 150 e 170 milhões de cópias.

6 — Harry Potter e a Pedra Filosofal
(J.K. Rowling)

Publicado em 1997, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” é o primeiro volume da série Harry Potter, da britânica J. K. Rowling. O livro narra a história de um garoto órfão que vive infeliz com seus tios. Até que, repentinamente, ele recebe uma carta contendo um convite para ingressar em uma famosa escola especializada em formar jovens bruxos. Estima-se que tenha vendido entre 110 e 130 milhões de cópias.

7 — O Caso dos Dez Negrinhos
(Agatha Christie)

Publicado em 1939, “O Caso dos Dez Negrinhos”, de Agatha Christie, é o maior clássico moderno das histórias de mistério. Dez pessoas diferentes recebem um mesmo convite para passar um fim de semana numa ilha. Na primeira noite, após o jantar, elas ouvem uma voz acusando cada uma de um crime oculto cometido no passado. Mortes inexplicáveis se sucedem. Estima-se que tenha vendido entre 90 e 120 milhões de cópias.

8 — O Sonho da Câmara Vermelha
(Cao Xueqin)

Publicado em meados do século 18, “O Sonho da Câmara Vermelha”, de Cao Xueqin, é uma das obras-primas da literatura chinesa. O livro faz um relato detalhado da aristocracia chinesa da época. Acredita-se que o conteúdo da história seja autobiográfico descrevendo o destino da própria família do escritor. Estima-se que tenha vendido entre 80 e 100 milhões de cópias.

9 — O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
(C.S. Lewis)

Publicado em 1950, “O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa” é um romance infantil do escritor britânico C.S. Lewis. O livro narra a história de quatro irmãos que vivem na Inglaterra durante a 2ª Guerra Mundial. Em uma de suas brincadeiras descobrem um guarda-roupa que leva quem o atravessa ao mundo mágico habitado por seres estranhos, como centauros e gigantes. Estima-se que tenha vendido entre 75 e 90 milhões de cópias.

10 — Ela, a Feiticeira
(Henry Rider Haggard)

Publicado em 1887, “Ela, a Feiticeira” é um livro de aventura e fantasia do escritor britânico Henry Rider Haggard. O livro narra as aventuras de dois amigos numa região inexplorada da África, onde encontram uma civilização perdida, na qual reina uma misteriosa feiticeira chamada Ela. Estima-se que tenha vendido entre 70 e 80 milhões de cópias.

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Como publicar poesias ?



Poesia costuma ser recusada não só porque não vende, mas também devido à postura dos poetas. Vou comentar o que acho mais problemático.
Muitos escritores talentosos, por exemplo, gastam sua imaginação imitando o estilo de grandes mestres.
Não faça isso!

Nada impede o leitor de comprar os poemas originais de Fernando Pessoa ou Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade ou Florbela Espanca. Os livros desses poetas existem na praça, costumam ser reeditados e apreciados. Imitar o estilo deles é pedir para ser ignorado, porque a maioria das pessoas prefere o original a uma cópia posterior.
Minha sugestão portanto é que você crie um estilo todo seu, parecido com o de ninguém, e insista nele. Diferencial é importantíssimo nessa era de excesso de publicações.
Outra besteira constante, na minha opinião, é poetas recorrerem a temáticas do século XIX, como amor ligado à dor, musas em flor, campos (também em flor!) e outros temas que foram favoritos de românticos tanto tempo atrás.

Por que poesia precisa remeter a um passado distante e bucólico? 

Encontre lirismo, beleza, interesse para os sentidos no que existe hoje, no século XXI. Se você escolher assuntos que jamais foram alvo de considerações pelos poetas famosos, como talvez seqüestros ou personagens da Casa dos Artistas ou a televisão ou festas infantis em bufês, aumenta muito sua chance de interessar um editor comercial. Poesia afinal foi criada para nos fazer olhar de modo diferente para o que está em volta, não é mesmo?
Quando produzir uma obra, aliás, minha sugestão é que crie um tema condutor que possa atrair a atenção do leitor. Poesias sobre tudo são o mesmo que poesia sobre nada. Escolha explorar vários ângulos -- interessantes, fascinantes, originais, que ninguém tenha feito antes! -- de um mesmo tipo de assunto. Os bufês infantis de meu exemplo anterior podem ser temas áridos, mas talvez não a infância consumista, por exemplo.

Muitos poetas insistem ainda -- de modo nervoso, irritado -- em querer ser publicados por editoras comerciais quando falam apenas de si mesmos, de suas vidas, sem que nada de muito diferente tenham feito. Ora, sua vida interessa a quem conhece você, quem gosta de você. Se você escreveu algo sem chance de poder encantar a um norueguês daqui a cinqüenta anos, sugiro que parta para a publicação por conta própria.
Divirta-se fazendo uma noite de autógrafos entre seus amigos e parentes, faça o livro que você deseja sem a pretensão de comercializá-lo. Espalhe entre os seus conhecidos um pouco do que você sente, sem desejar o envolvimento da indústria livreira.

Sugiro também que considere outras formas de publicação. Não conheço o funcionamento de veículos como cartões postais, cadernos e agendas, mas tenho visto nesses meios, assim como nas músicas, um canal para a expressão de muitos poetas. Caberia pesquisar como estes meios processam a seleção de seus materiais e talvez apresentar-lhes sua obra.
Vejo a música, hoje, como o canal mais poderoso de divulgação da poesia, não os livros. Portanto, quem deseja fazer fama e fortuna com letras tem muito mais possibilidades de encontrar aí, e não no mercado de livros, um canal possível para a sua arte e lirismo.
Boa sorte!

O que a Internet pode oferecer ?



 Internet é o resultado de computadores espalhados nos mais escondidos cantos do mundo, conectados por uma linha telefônica, um cabo, transmissão de rádio, etc, que trocam dados. O que a Internet tem que interessa às pessoas? Bem, por meio dela você pode fazer de tudo! De um simples envio de texto à obtenção de informações úteis, da possibilidade de comprar sem sair de casa a ouvir um programa de rádio totalmente feito por você, de trocar correspondência de forma muito rápida e barata  a bater papo com pessoas do mundo todo pagando ligação local, e mais: gráficos, filmes, imagens, músicas... tudo em tempo real, como se estivéssemos trocando CDs ou apenas batendo um papo.
Hoje a Internet no Brasil é utilizada por uma parcela da população, essencialmente as classes A, B e C. E vem crescendo rapidamente e movimentando muito dinheiro. Por isso as empresas têm investido tanto para mostrar seus produtos nela, estarem presentes, tornarem-se referência.Em algumas partes do Brasil, estar na Internet ainda é ter status, é ser de vanguarda.
Segundo o F/Nazca, o Brasil tem 81,3 milhões de internautas (a partir de 12 anos). Para o Ibope/Nielsen, o Brasil tem 73,9 milhões (a partir de 16 anos). A maior número de acessos vêm de lan houses (31%), em segundo, a própria casa (27%) e em seguida, a casa de parentes ou amigos, com 25% (abril/2010). O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à Internet.Dados de abril de 2011.

Porcentagem de casas com computador

Devido a seu crescimento, entretanto, a curtíssimo prazo será uma necessidade e aquele que não estiver presente será um excluído, um sem-terra no mundo virtual, um semi-analfabeto. A realidade atual mostra que, para se conseguir um emprego, várias empresas têm exigido conhecimentos mínimos de informática, e essa exigência aumenta a cada dia. O mesmo vai acontecer com as empresas: estar na Internet será uma exigência do mercado, dos consumidores.
Com a chegada da Internet de banda larga, rapidamente novos leques de opções vão se abrindo.
Novos negócios surgem a cada dia, na medida em que mais e mais pessoas utilizam-se de Internet de alta velocidade. Em pouco tempo, a conexão discada – com o uso da linha telefônica e baixa velocidade de transmissão de dados – será extinta (fora dos grandes centros, em muitos lugares, ela ainda é a única opção viável).
O grande apelo da Internet é justamente sua interatividade. Você opina, reclama, dá sugestões e o responsável por este site pode, na mesma hora, fazer alterações, se assim o desejar. Enquanto você é um usuário passivo na frente da sua tevê, por exemplo, apenas recebendo a informação despejada, na frente do seu micro você tem o poder da decisão. Dependendo de escolhas do usuário, que decide onde clicar com seu mouse e para qual página seguir, cada pessoa pode percorrer caminhos muito diferentes dentro de um mesmo site.
Então anote aí: a chave de ouro do mundo virtual é a participação do usuário. Logo você vai aprender como pode usar isso a seu favor.

Onde conseguir prestadores de serviço ?




Você pode conseguir bons prestadores de serviço consultando as editoras que admira. Por exemplo, se você acha que uma editora produz sempre livros bem revisados, sem problemas de texto, ligue para eles e pergunte a alguém do departamento editorial se poderia indicar um bom revisor. Visto que a maioria dos trabalhos de uma editora é executada por profissionais freelancers, é fácil contratar os mesmos.

O mesmo vale para preparadores de texto, redatores, capistas, programadores gráficos, ilustradores.

Os serviços industriais, como fotolito e diagramação, você em geral encontra como crédito na página dois ou quatro dos livros comerciais. É praxe do ramo dizer quem fez cada serviço no livro, portanto você só precisa pedir à editora que dê o número de telefone da empresa de diagramação, se por acaso ele não constar da página de créditos.

A gráfica costuma colocar seu nome e endereço na última página de cada livro, numa etiqueta chamada colofão. Se você desejar fazer uma edição inteira por conta própria, procure um livro muito bem impresso e acabado e confira a última página. Note que isto vale para edições de mais de mil exemplares. Se você deseja menos exemplares, consulte as gráficas digitais, que têm preços mais competitivos para baixas tiragens.

Se você está numa cidade sem editoras de livros, consulte os bons jornais de sua região. Vale o mesmo princípio: se eles trabalham bem o texto, saberão indicar um bom profissional de texto e talvez mais alguns.

De modo geral, os serviços mais especializados, como marketing e assessoria de imprensa, você só encontra em grandes cidades e procurando bastante. Prefira sempre quem já trabalhou com livros, porque os produtos culturais são muito diferentes um do outro. Quem esteja habituado a divulgar atores, por exemplo, não necessariamente saberá fazer uma boa divulgação de um livro.

Os serviços de marketing, divulgação e distribuição são muito mais desorganizados que os de edição e produção, pela simples razão de que as editoras têm pessoas ou departamentos para fazer isso. Portanto, a oferta de profissionais freelancers nessas áreas é menor.

Gostaria de repetir aqui o que já disse em outros lugares, só para garantir que ninguém será enganado: se você fizer um livro por conta própria, é você quem será o principal responsável pela divulgação e distribuição. Não existe a possibilidade de fazer um livro e depois entregá-lo a um distribuidor para que seja vendido em livrarias. Este serviço simplesmente não existe na praça e quem diz fazê-lo em geral está prometendo algo impossível de cumprir. Os custos de distribuição de livros são altos e a logística extremamente complicada, só valendo a pena para editoras com catálogos extensos. Não acredite em promessas mirabolantes!

A única possibilidade de vender livros a pessoas que você não conheça é fazendo marketing por conta própria. Ou seja, você mesmo idealizando maneiras de divulgar suas idéias (através da internet, por exemplo) e os canais de venda (através de um site ou por meio de anúncios em revistas especializadas, por exemplo).

Em todo caso, recomendo sempre que você pesquise muito antes de ir assinando cheques: pergunte a quem já fez, peça o telefone de clientes felizes, esse tipo de coisa.


Quanto custa publicar um livro ?




Se você vai publicar seu livro por uma prestadora de serviços, seus custos somarão uma quantia razoável em dinheiro. Os valores variam muito e recomendo uma pesquisa cuidadosa do mercado, já que há muitos prestadores de serviço com níveis de qualidade muito variáveis.
A seguir está um pequenos roteiro dos serviços que você pode contratar e uma média imprecisa dos preços, só para você ter uma idéia das grandezas. A lauda é uma unidade de texto também variável, mas que em geral corresponde a 2100 toques quando se trata de edição de livros.

Trabalhos de texto

Avaliação de original/ leitura crítica – um editor ou agente literário lê e avalia a sua obra, produzindo um parecer. O serviço é cobrado por obra ou por lauda lida, ficando em média entre R$ 100 e R$ 250. Deve ser usado quando você tem dúvidas entre apresentar sua obra a uma editora comercial e publicá-la por conta própria, e o que alterar nela.

Redação/ ghostwriting – um redator reescreve o texto que você produziu, ou se baseia em fitas gravadas ou ainda entrevista você, entregando um texto final razoavelmente correto e fiel. Esse serviço depende muitíssimo da experiência do profissional, podendo ser cobrado por hora ou pelo conjunto do trabalho, variando entre R$ 1.000 e 15.000 se for no caso de um pacote. Deve ser usado quando você tem uma idéia mas não sabe como colocá-la no papel, ou precisa produzir um texto mas não tem tempo de o redigir.

Edição de texto – um editor de texto mexe na estrutura, na organização, nos títulos e nas divisões de capítulos de sua obra, podendo cortar trechos e acrescentar outros. Esse serviço também pode ser cobrado por obra ou por lauda, variando nesse caso entre R$ 3 e 15 a lauda. Recorra a uma edição de texto quando sentir que sua obra está repetitiva, confusa ou apresenta problemas de conteúdo.

Preparação de texto/ copidescagem – um preparador lê com cuidado a sua obra, apontando incoerências, repetições, uso incorreto da língua e falta de normalização. Este serviço é cobrado por lauda e varia de R$ 3 a R$ 10 a lauda. Se você não trabalha profissionalmente com texto, é imprescindível que faça uso desse revisor mais qualificado.

Revisão de provas – um revisor lê a sua obra já diagramada em formato de página, checando não só erros de português como inconsistências de tipologia, espaços a mais ou a menos, numeração, “caminhos de rato”, “viúvas”, “forcas” e similares problemas de paginação. Esse profissional ganha por página, entre R$ 1 e 3.

Trabalhos de impressão

Composição e diagramação – um profissional ou birô de editoração eletrônica pega o seu arquivo de texto (de preferência já lido, relido, editado e preparado) e o transforma em arquivo compreensível pelo maquinário dos fotolitos e das gráficas, que não aceitam nada em Word. O diagramador distribui o seu texto pelas páginas do modo como irá ficar realmente no livro, numera, define as fontes para títulos, subtítulos, notas de rodapé, e escaneia fotos, desenha gráficos e similares. Esse serviço é pago por página impressa e é etapa imprescindível para a impressão, também sendo chamada de pré-impressão.

Fotolitagem – empresas especializadas (conhecidas como fotolitos) transformam o arquivo de texto paginado (em geral em PageMaker ou Quarkxpress) em filmes ou fotolitos para serem usados na gravação das chapas offset. O preço é por página (R$ 2 a R$ 5) ou metro de filme, variando nesse caso entre R$ 30 e R$ 50. Se o sistema de impressão a ser usado for o offset tradicional, essa também é uma etapa imprescindível. Esse prestador de serviço pode, no entanto, ser contratado pela própria gráfica.

Impressão – uma gráfica faz o serviço de impressão de miolo, refilagem, costura, impressão de capa, colagem e acabamento. O preço é composto a partir do número de páginas por exemplar, cores de miolo e capa, papel utilizado e tamanho da tiragem. Um livro de 112 páginas de miolo em preto e capa a quatro cores não sai por menos do que R$ 2 por exemplar se a tiragem tiver mil exemplares. Quanto mais baixa a tiragem, mais caro cada exemplar.

Guia do Autor Independente



Qualquer autor pode publicar um livro por conta própria. Essa opção é a melhor para quem escreveu um tipo de obra difícil de comercializar, ou que queira simplesmente fazer um lançamento entre amigos. Pode ser muito divertido lançar a história da sua família ou um livro de contos dedicado ao seu amor, sempre que posso eu recomendo aos escritores que me contatam que encarem essa história de livro de modo mais leve. 

Se o livro não tem muita chance de entrar no mercado, publique por conta própria e faça uma festa! Dê uma presente a você mesmo, à sua família ou aos seus amigos.

Publicar por conta própria pode ser uma opção lucrativa ainda para quem tenha um público cativo, como médicos e professores, porque nesse caso a venda de cada exemplar supera em muito os 10% que as editoras comerciais pagam a seus autores.

Veja na seção COMO ENCONTRAR UMA EDITORA a diferença entre uma editora comercial e um prestador de serviço.

Só gostaria de deixar absolutamente claro que, quando você faz um livro por conta própria, É VOCÊ QUEM TEM DE VENDÊ-LO. Não adianta inscrevê-lo no site de uma livraria ou colocá-lo à venda pela internet, provavelmente a obra não vai vender quase nada para as pessoas que não conhecem você. Só os amigos e parentes ou pessoas que tenham contato profissional com você é que talvez comprem um livro que não conta com o apoio comercial, de marketing e logístico de uma editora já inserida no mercado.

Antes de ir colocando a mão no bolso, minha sugestão é de que você avalie bem a quantidade de conhecidos que realmente têm e o esforço que pode dedicar ao trabalho de contatá-los, para não ficar com uma pilha imensa de livros empilhados na garagem...

Se, depois dessa seção de pé na terra você resolver bancar a sua edição, há uma série de serviços que fará bem em contratar para chegar a um produto atraente. Quanto melhores forem os profissionais escolhidos, tanto melhor será o produto final. É perfeitamente possível fazer-se um livro tão bem acabado quanto os das editoras mais conceituadas, já que as mesmas empresas que prestam serviço para as editoras também atendem autores independentes.


Eis uma lista de serviços recomendáveis para a produção de um bom livro.

1. Redação ou edição de texto. Quando o original está confuso ou longo demais, ou quando o autor tem uma boa idéia mas não escreve bem, é recomendável chamar um escritor profissional.

2. Revisão de texto. Mesmo quando bem escrito e organizado, é bom que o original passe por uma revisão profissional que o deixe padronizado e correto.

3. Diagramação e paginação. Metade do efeito visual de um livro decorre da maneira como o texto é distribuído nas páginas. Quanto mais experiente for o profissional que presta o serviço, menos viúvas, buracos e páginas de má legibilidade haverá.

4. Capa. Assim como a diagramação, o impacto da capa é violento e um dos principais atrativos do livro em livrarias. Investir num profissional competente e experiente vale a pena.

5. Impressão. Hoje em dia é possível imprimir baixas tiragens de livros com boa qualidade, devido à variedade de tecnologias disponíveis. Vale a pena comparar os produtos acabados de diferentes gráficas para escolher a que mais interessa.

6. Distribuição. Existem alguns mecanismos de distribuição acessíveis a autores, ainda que não funcionem como a distribuição nacional de editoras comerciais. Algumas livrarias aceitam consignações, sites e editoras de livros eletrônicos fazem a venda virtual. São apoios que ampliam um pouco a venda direta pessoal.

7. Divulgação. Todo lançamento no tumultuado mundo da cultura precisa ser feito com o máximo de barulho para obter algum retorno. Uma assessoria de imprensa habituada a trabalhar com livros costuma dar bons retornos. Seu trabalho é complementado pela coleta de clippings, mas é claro que isso é aplicável somente para obras que tenham alguma apelo para a imprensa.

8. Marketing. Mesmo lançando-se por conta própria, um autor pode investir em marketing para aumentar suas chances de impressionar o mercado. Materiais de apoio como folders e lançamentos bem planejados podem resultar em uma boa divulgação.

9. Site. Se o livro tem algum apelo comercial, é interessante que ocupe espaço na internet não só como produto a ser vendido em livrarias, mas também na forma de um site que preste serviços. A internet é um canal de divulgação dos mais interessantes na relação custo/benefício.

10. Informação. Como qualquer outra atividade, publicar um livro requer uma coleta de informações especializadas. É possível contratar consultores ou obter pareceres de profissionais experientes para indicar o caminho das pedras.

Como começar a escrever um livro ?



Escrever para ser publicado é diferente de escrever para si próprio.
Quando escrevemos para nós mesmos, como um diário ou reflexões, estamos usando a escrita para pensar. É um ótimo método para esclarecer questões, visto que no papel mesmo as situações mais complicadas vão se organizando. Não é à toa que tantos terapeutas sugerem a seus clientes escreverem um diário. É muito bom para a cabeça produzir textos sobre o que é importante para nós.

Quando escrevemos para ser publicados, estamos escrevendo para outras pessoas. O foco passa a ser a necessidade dos leitores e não mais as nossas como escritores.

Quando escrevemos para nós, está certíssimo preenchermos nove páginas pesando os prós e os contras de determinada pessoa por quem estamos interessados. Quando escrevemos para os outros, precisamos cortar tudo que não seja interessantíssimo e contribua para o andamento da história, o que provavelmente transformaria todas aquelas dúvidas em um único e curto parágrafo.

É um difícil exercício escrever para ser publicado, porque em geral a gente gosta do que escreve, acha tudo importante e pensa que todo mundo vai gostar também.

Só que isso não é verdade. As pessoas selecionam os livros de acordo com o que estão passando, as dificuldades que estão vivendo. Algo fascinante para nós pode ser o máximo do tédio para um leitor.

Por outro lado, não podemos ter medo. Escrever para os outros é um ato de coragem, de se expor. Quanto mais honestidade a gente coloca no texto, quanto mais ridículo e perdido a gente se apresenta, tanto mais fácil os leitores gostarem da gente.

Quando escrevemos, temos também muita ansiedade a respeito do resultado. Queremos ficar famosos, ser elogiados, de repente até ganhar um dinheirão. É bom saber que a maioria dos escritores não fica nem rica nem famosa, e que nenhum escritor conhecido fez sucesso com o primeiro livro. Nenhum mesmo!

Portanto, vá com calma. Faça o que pode, não pense nos resultados, e vá escrevendo um pouco sempre. Querer escrever o primeiro livro e imaginar que ele vai ser o próximo Harry Potter é pedir para ficar decepcionado. É bem melhor publicar um artigo numa revista aqui, um poema numa coletânea ali e não ter expectativas loucas.

Mas como podemos saber o que dá para ser publicado?

Existem alguns requisitos mínimos para produzir um texto publicável, isto é, que venha a interessar um editor. Se cumprirmos todos, isso não é garantia de que nosso texto será aceito por um editor, mas já é meio caminho andado!

Abaixo estão algumas sugestões para fazer com que os seus escritos fiquem bons:




• Prestar atenção ao que está acontecendo em volta.
A escrita que mais interessa é aquela que fala das preocupações, angústias e felicidades das outras pessoas – e não só as suas – hoje. Os editores desejam obras conectadas com o público, que falem do que importa.

• Falar do que conhece.
Se você é um adolescente que mora numa cidade do interior e nunca viajou para fora do país, não pode escrever uma aventura que se passe em Paris. Vai parecer falsa. Nem dar conselhos para os mais velhos. Você tem de falar do que entende, do que já viveu em primeira mão, do que conhece muito bem.

• Ler muito.
Para escrever bem, você precisa ler todo tipo de literatura, inclusive novos autores brasileiros, romances esquisitos de autores de quem você nunca ouviu falar, arriscar poetas novos. Se você não souber o que os outros estão pensando e publicando, será difícil escrever algo criativo e diferente.

• Escrever muito e sem erros.
Para escrever bem, é preciso escrever todo tipo de coisa, inclusive cartas e emails, com clareza e sem erros ortográficos. Não adianta pensar que o corretor ortográfico ou o revisor vai corrigir seus erros, você precisa saber o que é certo, qual palavra é a melhor numa frase.

• Passar por um crivo de leitores críticos.
Sua mãe não vale, nem seus primos. O que é preciso é ir expondo seus textos a vários leitores que não tenham nenhuma amizade por você e possam fazer críticas. Um site na internet, um artigo numa revista podem dar o tipo de resposta que você precisa. Mas não adiante ficar pescando elogios, é preciso pescar os problemas para saber onde melhorar!

• Jogar fora nove décimos do que originalmente escreve.
Você mesmo tem de selecionar o que é bom e o que é mediano entre os seus escritos, não adianta achar que tudo merece virar livro porque ninguém escreve só maravilhas. Até Guimarães Rosa deixou um monte de coisa na gaveta...

• Amar a língua portuguesa.
A escrita é para aqueles que amam a língua. Não dá para escrever um livro querendo fazer um vídeo ou ficando com preguiça de aprender novas palavras. A língua é a ferramenta do escritor. Como o pintor ama as tintas, o escritor precisa ter fascínio pelas palavras.

• Confiar em si mesmo.
Quando você escreve, acredita que tem algo a dizer. Continue acreditando sempre nisso e busque a melhor maneira de ser autêntico. Editores querem escritos verdadeiros, não materiais artificiais montados para agradar. Faça com o coração que é sempre mais verdadeiro.

O que não fazer ao escrever um livro ?




Jean Bryant, professora de escrita nos Estados Unidos, levantou sete hábitos que você NÃO deve NUNCA adotar se quiser escrever alguma coisa. A abordagem bem-humorada aponta para as armadilhas mais comuns de quem começa a escrever (em Anybody can write, San Rafael, New World Library, 1985):

1 - Pense no que os outros podem achar. Pense em como você precisa ser ótimo e original para mostrar que é bom, e escrever sem um erro sequer. Pense nas pessoas que vão ler seu material, especialmente em sua mãe. Tome um café e pense mais um pouco.

2 - Faça muita pesquisa antes. Você precisa descobrir absolutamente tudo sobre kiwi ou bordéis parisienses antes de começar seu próximo capítulo. Faça sua pesquisa no próprio local, viajar é bom para o escritor. Não comece a escrever antes de terminar toda a pesquisa.

3 - Peça conselhos a todo mundo. Mostre suas páginas iniciais ou seu esboço a amigos e parentes, inclusive a seu dentista. Ignore o adágio de que o camelo é um cavalo montado a partir do consenso entre os membros de um comitê e siga todos os conselhos recebidos sem exceção. Não confie em si próprio.

4 - Considere seu trabalho uma extensão de sua pessoa. Se o elogiarem, não revise nem reescreva nada, mande para as editoras imediatamente. Se for recusado, pare de escrever. Quando disserem que seu trabalho não está perfeito, entenda que não gostam de você. Reclame e choramingue que estão cometendo uma injustiça contra você.

5 - Espere até estar inspirado. Consulte seu horóscopo para o dia e o que dizem os búzios. Arrume sua escrivaninha e troque as cores da tela de seu computador. Caso a musa não apareça para inspirar-lhe, vá ao cinema. Quem sabe você não irá escrever um roteiro de sucesso algum dia?

6 - Deixe para depois. Mais tarde sempre é melhor. Se você não escrever sobre um assunto, alguém vai acabar fazendo-o. Deixe para amanhã o que você não precisa escrever hoje.

7 - Leve seu trabalho à sério. Nunca se satisfaça com nada que não esteja perfeito. Lembre-se de como é importante este projeto. Você pode passar ridículo e perder seu emprego caso escreva mal. Ao mesmo tempo, não deixe que o peso dessa responsabilidade o impeça de trabalhar. A paralisação de seu impulso vai durar apenas uns dois anos, até o perigo passar.

Dicas de um escritor de êxito



Kurt Vonnegut, autor de Matadouro número cinco, entre outros sucessos, explica em um artigo intitulado "Como escrever com estilo" (in How to use the power of the printed word, editado por Billings S. Fuess, New York, Doubleday, 1985) que muitas das preocupações dos autores sobre estilo acabam por atrapalhá-los e fazê-los encher seu texto de palavras exóticas e artificiais. Eis suas dicas:



1. Escolha um assunto sobre o qual você se importe. 
O seu interesse genuíno, e não qualquer jogo de palavras que possa fazer, é que terá o poder de seduzir o leitor.

2. Não se estenda.

3. Seja simples. 
Lembre-se de que tanto Shakespeare quanto a Bíblia usaram palavras perfeitamente compreensíveis para as pessoas da época.

4. Tenha a coragem de cortar. 
A eloqüência deve curvar-se ante as idéias. Caso algumas lindas frases não acrescentem nada de novo ao que você está tentando dizer, corte-as sem perdão.

5. Soe como você mesmo. 
Escreva da maneira como usa a língua, do lugar de onde você é. Não tente se passar por uma pessoa de outro lugar e outra cultura ou isto irá se refletir no seu poder de persuasão.

6. Diga o que tem a dizer de modo claro. 
Leitores querem páginas que se pareçam com páginas, parágrafos e pontuação reconhecíveis. Não escolha criar jazz ou cubismo quando seu objetivo é se fazer entender.

7. Tenha pena dos leitores. 
Nossas opções como escritores são limitadas, uma vez que os leitores são artistas imperfeitos na arte de ler. Nossa audiência requer um esforço de nossa parte de clarificar e simplificar, mesmo quando preferiríamos pairar acima de coisas tão chãs quanto a simplicidade.

Dicas de uma editora



O escritor-aranha

O ato da escrita tem – na minha opinião de editora – algumas semelhanças com o trabalho das aranhas tecedeiras, aquelas nossas amigas de oito patas e variado número de olhos que fazem teias.
Com certeza, elas não entendem nada de editoras, mas sua abordagem para armar teias pode ser muito instrutiva para quem deseja escrever. Não a toa, elas são símbolo da escrita, inventoras do alfabeto e musas da criatividade em mitologias de várias culturas. Veja só.

Lição aracnídea número 1

As aranhas fazem suas teias muito rapidamente.
Em meia hora ou quarenta minutos, mesmo aquelas teias grandes e lindamente geométricas ficam prontas. O recado para escritores é: trate de escrever o que você pretende rapidamente e chegar ao término de seu projeto. Escrever livros não é um trabalho para se estender por toda a vida, mas algo pontual e com um fim em vista.

Lição aracnídea número 2

As aranhas fazem teias apoiadas em algum lugar.
Repare que mesmo as teias mais intrincadas precisam ter várias linhas que as ancorem a pedras e árvores, de modo que não se rompam com o impacto do inseto. O equivalente na escrita é a ligação com a realidade. Mesmo a ficção mais delirante, a poesia mais fantasiosa, precisa ter linhas firmes e resistentes de conexão com o mundo real, para que o leitor não escape da leitura por achar o perfil psicológico do personagem impossível ou sua ação deslocada em relação aos acontecimentos apresentados.

Lição aracnídea número 3

As aranhas fazem teias para capturar insetos.
Esses animais não perdem tempo fazendo teias para outra coisa que não seja enriquecer sua dieta de proteínas. Na escrita, isso quer dizer uma preocupação em construir tramas para capturar a imaginação do leitor e nada mais. Charmes estilísticos, efeitos literários, citações profundas devem ser todas deixadas de lado se não contribuírem para enredar o leitor na história.

Lição aracnídea número 4

As aranhas constróem suas teias onde há insetos.
Nossas práticas professoras se empenham em armar suas redes onde muitas vítimas em potencial voejem, pulem ou passeiem. O que escritores devem aprender com isso é escrever suas histórias para públicos que existem, ou seja, grandes grupos de pessoas que possam se interessar por aquele tema e abordagem.

Lição aracnídea número 5

As aranhas fazem teias invisíveis.
É evidente que o inseto não pode enxergar a teia antes de bater de encontro a ela, ou simplesmente fará um desvio em seu plano de vôo. Do mesmo modo, se o leitor perceber como a trama foi construída – com excesso de lógica ou pouco suspense, por exemplo – certamente perderá o interesse e escapará da leitura.

Lição aracnídea número 6

As aranhas refazem suas teias sempre que necessário.
Se você jogar talco numa teia para enxergá-la, dali a pouquinho sua proprietária a desmanchará e fará uma nova teia, mais leve e menos visível. Se você romper um dos fios da teia, a aranha também se apressará em tecê-lo de novo. Ensina assim ao escritor que, quando sua obra deixa de funcionar por alguma razão, a abordagem eficiente é desmanchá-la e refazê-la, sem pena pelo que não cumpre mais sua função.

Lição aracnídea número 7

As aranhas não ficam presas em suas próprias teias.
Apesar de a maioria dos fios das teias serem pegajosos, as aranhas sabem onde colocar suas oito patas para não ficarem presas em suas construções. O escritor-aranha aprende com isso a não ficar fascinado com seu próprio trabalho, mas tratá-lo como uma ferramenta útil para atingir seu objetivo: capturar a imaginação do leitor.

Lição aracnídea número 8

As aranhas fazem muitas teias.
Uma vez que necessitam de bastante proteína, as aranhas precisam caçar uma quantidade respeitável de insetos por dia. Sendo assim, não perdem tempo em fazer nova teia assim que terminam uma refeição. O recado dado a você, escritor, é fazer muitos projetos, escrever bastante, incorporar a escrita às suas rotinas diárias para conseguir atingir o objetivo de criar bastante e ter muitos leitores.

Desejo-lhe boa sorte e um futuro cheio de teias eficentes!

Especial : Você deseja escrever e publicar seu próprio livro ?

Se você assim como eu deseja escrever seu livro , temos o passo a passo para orientá-lo . Não é fácil , mas também não é impossível . Pesquisamos na internet diversas informações que podem ajudá-lo . 




Editoras comerciais e prestadores de serviço

Quando você deseja publicar um livro, tem dois caminhos diferentes pela frente: a contratação de um prestador de serviços ou a submissão dos originais a uma editora comercial.
A diferença é mais ou menos como fazer compras em uma loja e pedir um empréstimo a um banco, ou seja, trata-se de dois tipos de negócio bastante diferentes mas com a infelicidade de se denominarem ambos “editores”.
Os editores que prestam serviço fazem tudo o que você deseja, porque os seus ganhos provém de vender os serviços de diagramação e impressão. Isso quer dizer que eles não avaliam os originais nem têm qualquer envolvimento com as vendas do livro, apenas transformam o original que você entrega no objeto livro.
Uma editora comercial funciona de outro modo, assumindo os riscos (entenda custos) da publicação. Isso quer dizer que há todo um processo de escolha, uma vez que os ganhos do editor comercial provêm da venda dos livros.
O editor comercial só sobrevive, portanto, se conseguir comercializar os livros que edita num mercado altamente competitivo e seletivo.
É crucial você entender que, se está pagando alguma coisa, não está lidando com uma editora comercial mas com uma prestadora de serviços.

Vantagens de uma editora comercial

Ter seu livro publicado por uma editora comercial tem uma série de vantagens.
A primeira delas já foi mencionada: você não precisa pagar nada pela preparação dos originais, revisões de provas, diagramação, composição, impressão, capa e acabamento.
A segunda vantagem é que você não precisa se responsabilizar pela comercialização (a distribuição em livrarias) nem pela divulgação para a imprensa. A noite de autógrafos é organizada e paga pela editora, assim como os catálogos, sites e listas de preços que informam clientes e livreiros sobre o seu livro.
A terceira vantagem é que, uma vez que um editor comercial resolva investir em você, pela própria lógica do negócio ele vai fazer o possível para divulgar o seu nome em simpósios, feiras de livros e todos os eventos de que a editora participar. É de seu interesse promover seus autores a longo prazo porque os verdadeiros ganhos de uma editora comercial em geral só acontecem com a reimpressão da obra (popularmente chamada de segunda edição), quando terão sido abatidos os custos todos da primeira impressão.
Uma quarta vantagem de ser publicado por uma editora comercial é o prestígio. É mais bem visto pela academia e pelo mercado em geral o autor ser selecionado por uma editora, especialmente uma editora com um nome conhecido, do que quando publica uma obra por conta própria.

Desvantagens de uma editora comercial

Tudo na vida tem dois lados. O reverso da moeda de uma editora comercial começa pelo seu modo de funcionamento. Essa é a editora parecida com um banco a quem você vai pedir empréstimo, lembra? Isso quer dizer que a editora comercial tem muito mais autores do que dinheiro para publicar, e que faz uma seleção rigorosa daquilo que aceita. Ou seja, é bastante difícil ser escolhido por uma editora comercial (mas não impossível! Veja como aumentar suas chances em seleção da editora).
A segunda desvantagem das editoras comerciais é que, visto que são elas que bancam todos os custos de produção e impressão, também são elas que decidem como ficará a capa, qual será o título do seu livro, quantas ilustrações entrarão etc. Em teoria, tudo isso é feito por profissionais que entendem do riscado. Na prática, muitos autores ficam um tanto insatisfeitos.
A terceira desvantagem é que, para uma editora comercial, a menos que você seja um figurão conhecidíssimo, o seu livro é apenas mais um entre vários. Um produto cultural nunca chega a ser tratado como um automóvel numa linha de montagem, mas é evidente que profissionais ocupados em fazer cinco livros diferentes por mês todo os meses têm uma atitude de envolvimento restrito com cada obra. As pressões da empresa para produzirem dentro de prazos determinados obriga essas pessoas a dedicar atenção, tempo e energia limitados a você.
A quarta desvantagem é que a editora detém o controle de todo o processo de comercialização e marketing, que nem sempre é o mais eficiente do planeta. Você pode ficar sabendo de uma livraria que gostaria muito de ter os seus livros, mas nenhum vendedor passar por lá oferecendo o título. Ou informar o departamento de promoções que haverá um congresso nacional em Santa Catarina sobre o tema de seu livro, e ninguém da editora tomar providências. Essa mesma falta de controle se estende à decisão de divulgar seu livro, dar-lhe um preço, reeditá-lo. Veja mais em como lidar com seu editor.

Vantagens de um prestador de serviços

Um prestador de serviços presta muito mais atenção em você do que um editor comercial, porque para ele você é o principal cliente. Os serviços oferecidos são limitados apenas pela possibilidade do autor de pagar, nunca pela falta de disposição ou tempo do profissional. Os prazos são determinados por você, e tudo o que você resolve colocar na obra – duzentas ilustrações coloridas, a foto de seu filho na capa – sai impresso.
Quando você paga, é também você quem decide sobre o conteúdo da obra. Se você escreveu uma tese importante, que pode servir de referência para muitos pesquisadores mas foi julgada pouco lucrativa pelas editoras comerciais, publicá-la por conta própria é uma saída a ser considerada para divulgar o seu trabalho acadêmico. Sem falar que, quando bem feita, uma edição paga pode render aqueles famosos créditos concedidos a publicações científicas.
Um livro auto-publicado tem a vantagem ainda de render muito mais do que os dez por cento usuais de uma edição comercial. Se você tem uma platéia cativa – como muitos alunos, parentes ou clientes – a edição própria pode não só se pagar como dar lucro.
Finalmente, um prestador de serviços não escolhe você, é você quem o seleciona. Portanto, não há a ansiedade de esperar por uma resposta do editor nem a decepção de uma carta de recusa. Você pode marcar a data do lançamento assim que entrega os originais para a produção, e aguardar a impressão desejada sem sustos.

Desvantagens de um prestador de serviços

Há também desvantagens em contratar alguém para fazer o seu livro, sendo a primeira e mais óbvia a de que você é quem paga por isso. 
A segunda desvantagem, em geral desconsiderada por autores de primeira viagem, é o que você vai fazer com os livros prontos. Relembrando, os prestadores de serviço fazem exatamente o que se propõem – imprimir o seu livro – e nada mais! Comercializá-lo é outra história, e muito escritor auto-publicado descobre como é difícil vender mil livros, e o espaço que esses pacotes ocupam debaixo da cama, em cima do armário, no fundo da garagem...
A terceira desvantagem é a falta de prestígio de fazer e vender os próprios livros, que pode em parte ser contornada pelo uso de profissionais muito bons e pela criação de um selo editorial fictício. O público em geral tende a encarar a obra publicada pelo próprio autor como amadorística ou de qualidade duvidosa por não ter sido aceita por uma editora comercial.
A quarta desvantagem é a de que o livro em geral não tem chance de caminhar por pernas próprias, mas precisa de sua assistência em cada etapa. Você vai ter de aprender um pouco de revisão, normalização, dar palpites em diagramação, decidir-se entre papéis, descobrir como fazer uma ficha catalográfica e requerer um número de ISBN, como funciona deixar livros em consignação em livrarias etc etc. Ou seja, transformar-se em todos os profissionais de uma editora comercial, para acompanhar e mesmo fazer os trabalhos de produção e comercialização de um livro. E o que você não souber ou não tiver tempo para fazer, não será feito.

Quando procurar uma editora comercial

Dadas as vantagens e desvantagens de cada tipo de editor, você pode se decidir sobre qual deles abordar. Para ter alguma chance de ser seriamente considerado por uma editora comercial, sua obra precisa de alguns requisitos mínimos.
O primeiro é um tema comercialmente interessante (veja mais em seleção da editora). Note que quem precisa achar o tema vendável é a editora e não você...
O segundo é você ter credibilidade como autor. Um advogado será considerado se apresentar um original sobre direito, mas não se trouxer poesias sobre sua musa.
O terceiro é ter um público-alvo definido, o que significa você conseguir dizer exatamente que grande grupo de pessoas com alta probabilidade compraria o seu livro. Por exemplo, senhoras de meia idade têm chance de se interessar por um livro sobre menopausa. Adolescentes de classe média provavelmente comprariam uma ficção sangrenta e sensual.


Quando procurar uma editora prestadora de serviço

Nem sempre uma editora comercial é a melhor alternativa. Cabe a você considerar contratar uma prestadora de serviço em alguns casos:
Primeiro, se você não tem interesse em adaptar sua obra para o gosto de um público que não conhece. Se, por exemplo, você deseja escrever uma história da família em princípio para circular apenas entre seus primos e netos, não perca tempo tentando publicá-la por uma editora comercial.
Segundo, se você tem um público comprador cativo. Por exemplo, se você é professor de estatística de turma após turma universitária e escreveu um manual para facilitar o seu curso, pode ter certeza de que irá ganhar muito mais dinheiro se vendê-lo diretamente a seus alunos do que se uma editora comercial publicá-lo e repassar-lhe apenas os dez por cento de direitos autorais de praxe. Claro que você precisa pesar se a obra tem chance de ser adotada por muitas escolas (quando vale a pena usar uma editora comercial) ou se a concorrência de outras obras é grande e você tem certeza apenas de vender para a sua própria faculdade (quando é mais lucrativo bancar a impressão e receber cem por cento do preço de capa).
Terceiro, quando interessa mais a você do que a um editor comercial ver sua obra publicada. Por exemplo, se você faz carreira acadêmica, é bem mais atraente para você receber pontos por ter sua dissertação ou tese publicada do que para uma editora comercial arriscar-se a colocar uma obra super específica no mercado. Tanto que já existem editoras que fazem um misto de prestação de serviço e edição comercial, dividindo os custos com autores de obras acadêmicas de boa qualidade mas venda difícil. No caso de um trabalho que você considere realmente pertinente para o seu ramo mas com poucas chances de seduzir um público maior, recomendo que publique uma edição baixa (duzentos ou trezentos exemplares) por conta própria, mas inventando um nome de editora para constar na capa e nas folhas de rosto por questões de prestígio. Invista para ter uma obra com aparência profissional (com ficha catalográfica, ISBN, código de barras, impressão razoável) e distribua entre as bibliotecas e institutos onde ela possa ser usada como referência. Você acaba atingindo o seu objetivo de divulgar o seu trabalho e ser reconhecido por seus pares sem passar pela dor de cabeça de tentar convencer uma editora a investir na obra.
Em qualquer caso, planeje uma bela noite de autógrafos, convidando todo mundo que você conhece, inclusive seus colegas de primário e sua primeira babá. Quase qualquer livraria aceita fazer lançamentos e gerenciar a venda de seu livro por uma noite, montando pilhas na vitrine, reservando uma mesa para você e oferecendo um coquetel. Dependendo do seu número de amigos, o lançamento pode pagar uma parte ou todo o custo de impressão.