Você pode conseguir bons prestadores de serviço consultando as editoras que admira. Por exemplo, se você acha que uma editora produz sempre livros bem revisados, sem problemas de texto, ligue para eles e pergunte a alguém do departamento editorial se poderia indicar um bom revisor. Visto que a maioria dos trabalhos de uma editora é executada por profissionais freelancers, é fácil contratar os mesmos.
O mesmo vale para preparadores de texto, redatores, capistas, programadores gráficos, ilustradores.
Os serviços industriais, como fotolito e diagramação, você em geral encontra como crédito na página dois ou quatro dos livros comerciais. É praxe do ramo dizer quem fez cada serviço no livro, portanto você só precisa pedir à editora que dê o número de telefone da empresa de diagramação, se por acaso ele não constar da página de créditos.
A gráfica costuma colocar seu nome e endereço na última página de cada livro, numa etiqueta chamada colofão. Se você desejar fazer uma edição inteira por conta própria, procure um livro muito bem impresso e acabado e confira a última página. Note que isto vale para edições de mais de mil exemplares. Se você deseja menos exemplares, consulte as gráficas digitais, que têm preços mais competitivos para baixas tiragens.
Se você está numa cidade sem editoras de livros, consulte os bons jornais de sua região. Vale o mesmo princípio: se eles trabalham bem o texto, saberão indicar um bom profissional de texto e talvez mais alguns.
De modo geral, os serviços mais especializados, como marketing e assessoria de imprensa, você só encontra em grandes cidades e procurando bastante. Prefira sempre quem já trabalhou com livros, porque os produtos culturais são muito diferentes um do outro. Quem esteja habituado a divulgar atores, por exemplo, não necessariamente saberá fazer uma boa divulgação de um livro.
Os serviços de marketing, divulgação e distribuição são muito mais desorganizados que os de edição e produção, pela simples razão de que as editoras têm pessoas ou departamentos para fazer isso. Portanto, a oferta de profissionais freelancers nessas áreas é menor.
Gostaria de repetir aqui o que já disse em outros lugares, só para garantir que ninguém será enganado: se você fizer um livro por conta própria, é você quem será o principal responsável pela divulgação e distribuição. Não existe a possibilidade de fazer um livro e depois entregá-lo a um distribuidor para que seja vendido em livrarias. Este serviço simplesmente não existe na praça e quem diz fazê-lo em geral está prometendo algo impossível de cumprir. Os custos de distribuição de livros são altos e a logística extremamente complicada, só valendo a pena para editoras com catálogos extensos. Não acredite em promessas mirabolantes!
A única possibilidade de vender livros a pessoas que você não conheça é fazendo marketing por conta própria. Ou seja, você mesmo idealizando maneiras de divulgar suas idéias (através da internet, por exemplo) e os canais de venda (através de um site ou por meio de anúncios em revistas especializadas, por exemplo).
Em todo caso, recomendo sempre que você pesquise muito antes de ir assinando cheques: pergunte a quem já fez, peça o telefone de clientes felizes, esse tipo de coisa.
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