Em cidades frias de países do hemisfério Norte são comuns as cenas de crianças na rua esculpindo bonecos de neve e jogando bolas – também de neve – umas nas outras. Não precisa ficar com inveja, afinal de contas, o calor no nosso hemisfério nos permite ir à praia e tomar gostosos banhos de rio em boa parte do ano. O importante, porém, é entendermos porqueexiste essa diferença climática.
A explicação astronômica é que somente nas regiões onde os raios solares atingem o solo com pequena inclinação pode ficar bastante frio para nevar.
Próximo dos pólos, os raios solares atingem o solo quase de raspão, aquecendo-o pouco e deixando a temperatura no local muitos graus abaixo de zero.
Pensando nisso, os geógrafos dividiram cada hemisfério em três zonas: tropical, temperada e polar. A zona tropical, na qual a maior parte do Brasil está inserida, é limitada por duas linhas imaginárias chamadas de trópicos: o trópico de Capricórnio (no hemisfério sul) e trópico de Câncer (no hemisfério norte). Na zona tropical, as estações não se distinguem tanto umas das outras, pois os raios solares atingem essa região sempre com bastante intensidade.
No Brasil e em outros países tropicais, o que se percebe, com mais clareza, é uma estação de chuvas, entre os meses de outubro e março, e uma estação mais seca, entre abril e setembro. O verão é bem quente e chuvoso e o inverno não é muito frio, mas é seco. A proximidade à linha do Equador é, portanto, a razão pela qual não cai neve na maior parte do Brasil. Porém, os habitantes de algumas cidades do sul do país, às vezes, podem ver flocos brancos de neve caírem do céu porque encontram-se já na zona temperada, assim como a maior parte da América do Norte e da Europa.
As zonas temperadas ficam compreendidas entre as linhas dos trópicos e as linhas dos círculos polares. Nessas zonas, as estações do ano são muito bem definidas: no verão é razoavelmente quente, no outono a vegetação prepara-se para enfrentar o inverno, época em que a temperatura costuma ir abaixo de zero e na primavera as árvores voltam a brotar.
Por sua vez, nas zonas polares, o frio é de lascar e há neve quase todo o tempo. Lá, não se percebe o outono nem a primavera. Os pólos são os centros das áreas conhecidas como círculos polares. Cada pólo passa por seis meses de claridade total e seis meses de escuridão total. Isso mesmo! É como se o dia durasse seis meses e a noite, outros seis. Nos pólos, a noite troca de lugar com o dia durante os equinócios, mas isso não acontece como se fosse um simples apagar e acender de luzes. A mudança é gradual e ocorre ao longo de vários dias.
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