A festa da Páscoa é a festa mais antiga, não só dentro do cristianismo.
Ela, na sua origem, é uma festa judaica na qual se celebra a libertação do Egito, um grande momento na história do povo de Israel onde eles fazem a experiência da libertação do Deus que vem ao encontro deles, os tira da escravidão, faz passar pelo Mar Vermelho, leva até o Monte Sinai, para lá fazer a aliança com ele, e depois prosseguir sua caminhada até a terra prometida.
A terra onde jorra leite e mel.
Depois, com Jesus Cristo, esta festa ganha outro sentido.
Não mais a libertação do Egito, mas do pecado e da morte. Não mais a passagem pelo Mar vermelho, mas a passagem da morte para a ressurreição de Jesus, que está presente no meio de nós. Isso é a Festa da Páscoa.
E nós fazemos memória, nós recordamos. A palavra recordar significa trazer de novo ao coração. Essa é a experiência da morte e ressurreição de Jesus. Não apenas como um fato do passado. Mas é um fato que hoje, aqui e agora, acontece novamente na vida de cada um de nós. Esse é o sentido da liturgia. Não apenas lembrar.
Lembramos também, mas nós lembramos porque sabemos que o Senhor, aqui e agora, ressuscita conosco. Então isso é a festa da Páscoa para nós. Com todos os hinos, com todos os símbolos, com toda a palavra. É essa a celebração que nós estamos fazendo.