O rito da Santa Ceia é um marco importantíssimo para os cristãos.
Historicamente difere da celebração da Páscoa nos seguintes aspectos:
A Páscoa é uma comemoração estritamente israelita, onde se celebra a passagem do Povo pelo Mar Vermelho, libertando-se do jugo egípcio.
É um rito bastante complexo, que usa vinho, pães asmos e ervas amargas dentre muitas outras tradições.
Está registrado em Mateus 26.17-28, Marcos 12.14-26, Lucas 22.7-23 e em I aos Coríntios 11.23-29 que Jesus comemorou a última Páscoa e que na mesma ocasião instituiu a Santa Ceia determinando "que toda vez que comerdes fazei isso tem memória de mim".
Cristãos não comemorariam exatamente "a Páscoa" (cuja palavra "pessach" em hebraico significa literalmente a "passagem" sobre o Mar Vermelho - e que é costume desde os tempos da lei), mas sim a "Santa Ceia" (em memória do Mestre, que cumpriria em si mesmo toda a Lei, atraindo para si todos os nossos pecados), instituída pelo próprio Cristo por ocasião de SUA última Páscoa.
Na Santa Ceia, em vez dos pães asmos comemos do "corpo" de Cristo representado pelo pão e bebemos de seu "sangue", representado PELO CONTEÚDO DO CÁLICE, naquela ocasião o VINHO (o mesmo tipo de vinho utilizado pelos israelitas até os dias de hoje).
Os católicos têm um entendimento filosoficamente diferente sobre a Páscoa, entendimento esse herdado por muitos evangélicos, e onde "Páscoa" seria a comemoração festiva da ressurreição de Cristo ao terceiro dia.
Sendo tais comemorações (tanto o luto quanto o júbilo) manifestações válidas de um sentimento de religiosidade, nada há que ser apontado como "erro" ou "discrepância", visto que é muito mais importante o sentimento íntimo e respeitoso, que qualquer dogma ou ritualística cumpridos de forma automatizada e cercada de polêmicas.
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